quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O CAMINHO COMEÇA EM TUA CASA
Bendito amigo
Queres o CAMINHO?
Queres entrevistar-te com os anjos sagrados?
Queres receber de teu Pai Interno a aspada da Iniciação?
Pois ouça com atenção o que este pequeno servidor tem a dizer:
Não busques mudar o mundo sem antes aprender a arrumar a tua própria cama.
O CAMINHO começa dentro de tua casa.
De que serve lindas palavras e belos discursos se te faltam carinho e compreensão dentro de teu lar?
De que serve freqüentares os templos e as igrejas se tua esposa, pais, irmãos ou filhos, são alvos diários de tuas grosserias e mau humor?
De que vale o ar de santidade, se atrás dele tu escondes o hábito de impor tuas vontades e desejos perante os que te cercam?
Reflete e sê sincero.
Acaso não pensas que és superior a tua esposa, tua mãe ou teu irmão?
Freqüentemente interrompes tua esposa para expor tuas opiniões e pontos de vista?
Criticas constantemente as falhas daqueles que vivem ao teu lado?
Irrita-te com facilidade quando alguém dentro de tua casa discorda de tuas idéias?
Bendito amigo, sê honesto e esforça-te para mudar.
Teu lar deve ter o perfume da santidade e nele deve abundar a luz do companheirismo, da alegria, do carinho, da tolerância, da amizade e do profundo amor e respeito.
Quando se anela o CAMINHO, não há espaço para rispidez ou grosserias.
Engana-se aquele que mascara a dureza de coração com frases retiradas de livros sagrados.
As palavras duras ou ríspidas devem desaparecer no trato diário.
Ambos, marido e mulher, desdobram-se para agradar desinteressadamente a um e a outro. Não há imposições, proibições, dúvidas, medos, ciúmes ou pressões. Há apenas o anelo de fazer o cônjuge sorrir e estar feliz.
Há apenas a compreensão e aceitação do que cada um é, e do que cada um pode vir a ser.
Nunca apontes um defeito em teu cônjuge, a não ser que ele mesmo procure tua ajuda e te peça para fazê-lo. E, assim mesmo, tenha todo cuidado para que tuas palavras não te atraiçoem, deixando escapar tua incapacidade de perdoar mágoas e rancores do passado.
Não permitas que tua voz se altere ou que teus pensamentos ou emoções carreguem as mágoas e os rancores acumulados, tão comuns aos matrimônios antigos.
Pondera sempre tuas palavras e cala-te se fores incapaz de falar com doçura e carinho.
Mas, se assim mesmo, fores surpreendido pela tua incapacidade de ser terno, humildemente pede perdão e trabalha intensamente para eliminar as causas dessa ignorância.
Sê imensamente grato por tudo que teu cônjuge fizer por ti. Permita-lhe que saiba de tua gratidão diária expressando-a através de atos e palavras sinceras.
Não confundas amor com paixão, assim como também ternura e carinho com sentimentalismos e apegos.
No matrimônio de um INICIADO jamais podem existir a paixão e o apego sentimental.
A paixão pertence à esfera do animal e do irracional. É fruto da fantasia e dos sentidos desenfreados.
Onde há paixão, verdadeiramente não há amor.
Aquele que se deixa guiar pela paixão é um cego que anda a beira de um precipício.
Se, de fato, queres o CAMINHO, lembra-te que o corpo de teu cônjuge é o templo do Espírito Santo e é nele que tu freqüentemente oficiarás os ritos sagrados da união sexual.
Quanto ao apego e sentimentalismo, cuida-te para não caíres vítima do tempo.
O tempo aprisiona a alma, cegando-a com o comodismo.
O tempo não deve ser seu inimigo e sim seu aliado, mas para isso deves eliminar a ilusão do apego à forma. Logo, não deixes que teu coração se torne prisioneiro de uma forma masculina ou feminina.
Lembra-te constantemente que tua esposa ou teu esposo é a expressão de teu Sagrado Ser, que a ti lhe foi entregue para trabalhares até que possas desposar-te com a Divindade. Por isso, santifica teu cônjuge, abençoando-o todos os dias.
Por último, lembra-te, que a fidelidade é uma das bases do templo sobre o qual edificarás a majestade que está oculta em ti.
Não sejas tolo, iludindo-te com a sensualidade do mundo, que a todos impulsiona cada vez mais ao fatalismo das separações.
Raríssimas são as separações permitidas pela Lei Divina, por isso não te enganes com as fantasias que te são impostas pela frivolidade dos costumes desvirtuados de nossos dias.
Recorda-te que tu nasceste para ser feliz
Nasceste para ser senhor de ti mesmo.
Não foste trazido ao mundo para ser escravo dos costumes sociais e dos pensamentos que te cercam.
Logo, desconfia dos costumes sociais e dos valores que te foram impostos, ainda que te pareçam atraentes num primeiro momento. Se tais costumes e valores fossem bons, a humanidade há muito já teria conhecido a abundância e a felicidade.
Cuida do tesouro que está em tua casa, ao teu lado. Aí tens o material para iniciar-te no CAMINHO.
Angelmar

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